Em 17/08/2017 às 10:15 por Yasmin Castro | publicado em Notícias > UFRR 0 comentários

Relação Midiática e Migração venezuelana são temas discutidos em mesa de debates na UFRR

 

       Em parceria com o Centro de Comunicação, Letras e Artes (CCLA) e com o Centro de Ciências Humanas da UFRR (CCH), a Seção Sindical dos Docentes da UFRR (SESDUF – RR) realizou a mesa de debates “Venezuela – Da guerra midiática à migração”, para esclarecer e discutir as questões políticas, sociais e econômicas que o País vizinho está vivenciando atualmente e como a mídia está noticiando essa problemática.

       A emigrante venezuelana em Boa Vista Madison Gonzáles, explicou a frustração acerca do que os venezuelanos estão vivendo no atual cenário político do País. “A Venezuela está vivendo um momento muito complicado. Não temos remédios e nem os produtos mais básicos de sobrevivência como comidas e itens de higiene pessoal”.

       Madison também comentou a importância de os brasileiros, principalmente os dos países vizinhos à Venezuela, estarem situados do que está acontecendo dentro do País e enxergar o porquê desse pedido de refúgio. “Se nós, venezuelanos, estivéssemos em boas condições sociais, econômicas e políticas em nosso País, com certeza não sairíamos de lá para qualquer outro local”, afirmou.

 

 

 

       O Profº Dr. Gustavo Frota Simões do curso de Relações Internacionais da UFRR esclareceu os dados da migração venezuelana para Roraima e fez um alerta para que a grande mídia local tivesse mais cuidado com o que é passado para a população. “A mídia tem que ter um pouco mais de cautela quando for fazer cobertura jornalística sobre os venezuelanos, pois acredito que a maneira que está sendo feita a abordagem à maioria das vezes são com pontos negativos”, diz.

       O Reitor da Universidad Nacional Experimental Simón Rodríguez na Venezuela (UNESR), Prof. Dr. Adrián Padilla Fernández explicou que apesar da situação da Venezuela ser uma questão humanitária, pelo fato de Boa Vista está recebendo essa migração, não afetou nas políticas públicas do País. “É um paradoxo o momento que a Venezuela está vivendo, pois, como é que um País que está passando por tudo que está passando pode aumentar o salário mínimo em 50% no ano de 2017?” questiona.

      Em relação à mídia, o Reitor da UNESR afirma que a situação do seu País é bem complicada e que todos os olhares midiáticos estão voltados para a Venezuela. “Na agenda midiática não se fala em outra coisa a não ser a Venezuela, sendo que tem outros países com tantos problemas quanto o nosso”, finalizou.

      Ao final, a mesa abriu espaço para que a plateia fizesse questionamentos aos convidados.

 

 

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