Dirigentes das centrais sindicais reuniram-se nesta terça-feira (26), na sede do Dieese, em São Paulo, para definir os próximos passos da luta contra a Reforma da Previdência. Com a avaliação de que o último dia 22/3 foi muito vitorioso, com a realização de um forte dia nacional de lutas, as entidades aprovaram um novo calendário de mobilizações, visando à intensificação da campanha contra a Reforma da Previdência rumo à construção da Greve Geral.
As atividades terão início já no próximo dia 2/4 (terça-feira), com o lançamento de um abaixo-assinado nacional contra a Reforma da Previdência.
A orientação é que essa atividade seja realizada nos estados e regiões, juntamente com a divulgação da Calculadora do Dieese, que simula o tempo necessário para o trabalhador se aposentar. Na capital paulista, o lançamento ocorrerá em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos, às 10 horas. O objetivo é intensificar a campanha junto à população, para explicar como essa PEC significa o fim do direito à aposentadoria e benefícios como BPC, PIS/PASEP, pensão por morte, entre outros. Será distribuída também uma cartilha explicativa para a população.
No dia 9/4, foi definida uma ação unificada das centrais sindicais no aeroporto de Brasília para pressionar deputados e senadores, que desembarcarem no local, para que não aprovem a PEC da Reforma da Previdência. A partir de agora, orientação é também pressionar de forma permanente os parlamentares, no Congresso e em suas bases.
Outra atividade aprovada é o apoio e participação das centrais sindicais à greve nacional dos trabalhadores da Educação, que tem o indicativo de ocorrer no dia 26/4. Na reunião discutiu-se a possibilidade da realização de ações unitárias nos estados neste dia, de maneira a unificar a defesa da Educação Pública e a luta contra a Reforma da Previdência. Reunião da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) vai debater e confirmar a data da paralisação da categoria em todo o país, que enfrenta graves ataques à educação pública e será uma das mais atingidas pela reforma de Bolsonaro.
O 1° de Maio – Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores – é a próxima data nacional de luta unificada apontada pelas centrais. As manifestações deverão ser organizadas em todos os estados e regiões e ter como centro a luta contra a Reforma da Previdência e contra o desemprego.
“No último dia 22, os trabalhadores deram uma forte demonstração de disposição de luta e que não querem saber de nenhuma reforma que ataque a aposentadoria e a Previdência Social. Nossa tarefa é dar continuidade à mobilização e fortalecer essa luta. A campanha deve seguir forte nos estados e regiões, com a realização de plenárias dos fóruns contra a reforma para organização da luta, distribuição de materiais, trabalho nas bases, entre outras iniciativas”, afirma Renata França, integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, presente à reunião.
“Os trabalhadores e a população em geral já estão percebendo que essa reforma significa o fim da aposentadoria e de direitos previdenciários essenciais, como auxílio-doença e benefícios assistenciais. Já o governo Bolsonaro enfrenta uma grave crise em sua base de apoio, um momento que devemos aproveitar para enterrar de vez essa reforma. É hora de intensificar a mobilização, rumo a um forte 1° de Maio e à construção da Greve Geral”, avalia Atnágoras Lopes, também integrante da SEN da CSP-Conlutas.
Fonte: CSP Conlutas