Grupo de Trabalho de Políticas Agrícolas, Urbanas e Ambiental promove oficina de educação do campo
O Grupo de Trabalho de Políticas Agrárias, Urbana e Ambiental (GT PAUA), que faz parte da Seção Sindical dos Docentes da UFRR (SESDUF - RR), organizou dia 27 de julho, na Escola Municipal José David (Projeto de Assentamento Nova Amazônia), a Oficina de Políticas Agrícolas, Agrárias, Indígenas e Educação do Campo no Contexto das Reformas de Estado.
Com o objetivo de debater, compreender e analisar as questões políticas agrícolas e agrárias enfrentados pelos moradores que vivem em um assentamento no campo, a oficina fez parte do Seminário Internacional “Laudato Si” da Rede Eclesial Pan Amazônica que ocorreu entre os dias 28 a 30 de julho em Boa Vista.
A presidente da SESDUF - RR, Vânia Lezan e o professor, Janailton Coutinho
A mesa principal foi formada pelo Profº Leandro Neves da Universidade Federal de Roraima (UFRR), que falou sobre as reformas trabalhistas e previdenciárias para os trabalhadores do campo, a Profª Silvanete Pereira do Curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEDUCARR) que explicou a questão da educação do campo e os direitos e deveres dos moradores dessas áreas, a Profª Marisa Barbosa que abordou sobre políticas agrícolas e agrárias e o representante do Instituto de Terras e Colonização do Estado de Roraima (ITERAIMA) Kelton Lopes que esclareceu sobre titulação de terras.
No período da tarde cada tema foi levado a um debate, coordenado por um grupo de trabalho que juntou diferentes movimentos sociais e sindicais. Após as discussões nas salas, foi escrita uma carta por cada grupo e apresentado na plenária final para que outros participantes pudessem acrescentar algo ou esclarecer dúvidas. Ao final, realizou-se a proposta de criar um processo de organização para contrapor as mudanças que não beneficiam os moradores do assentamento.
Em média, 200 pessoas participaram do evento
De acordo com o professor do curso de Licenciatura e Educação no Campo da UFRR, Janailton Coutinho, a oficina possibilitou a compreensão e o avanço da história das políticas agrícolas e agrárias e a educação indígena. “A importância de esse evento ter acontecido no campo foi extrema, pois possibilitou a aproximação e a sensibilização em conhecer de fato as dificuldades das pessoas que vivem no campo, como por exemplo, a péssima condição da estrada, a falta de posto de saúde e de policiamento e falta de energia constante, então as pessoas puderam vivenciar essa realidade do mundo rural brasileiro”.
Alunos da Escola Municipal José David no momento da abertura do evento